Poema á I República Galega
Tenho uma vida um pouco atrapalhada e dispersa
Mas, ainda que passaram os anos,
Lembro o dia em que te conheci,
A minha roupa segue a cheirar ao teu perfume
- Ou isso penso
Vieste da mão dos operários do caminho-de-ferro
Vestida de branco
E estiveste comigo escassamente umas horas
E gozei da profundidade das tuas entranhas
E da suavidade do teu corpo
Antes de marchares num sol-pôr laranja.
Deveci por ti durante anos
E hoje volves comigo, Amada
E hoje volves connosco, República.
Este poema, junto
com outros, foi lido na Repichoca Literária na Festa da República Galega. Fiquei
abraiado pela qualidade de Lydia Botana e da sua banda. O trabalho das associações
organizadoras (A. C. Foucelhas de Ordes, A. C. Lucerna de Cerzeda e A. C. A
Revoltaina Cultural da Beira de Bergantinhos) foi impressionante. O lugar, a
antiga estação dos caminhos-de-ferro de Ordes, n’A Pontagra, à beira do rio
Lengüelhe, perfecto.
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