quinta-feira, 18 de julho de 2013

A Antíoco Epifanes

A Antíoco Epifanes


O mozo antioquense     díxolle ao rei:
"No meu corazón latexa     un fermoso desexo,
os Macedonios,     Antíoco Epifanes,
os Macedonios están      inmersos en gran batalla.
Se gañan,      a calquera darei
o león e os cabalos,    o Pan de coral
e o elegante palacio,     os xardíns de Tiro
e todo cando me deches,     Antíoco Epifanes".
Quizais se conmoveu     un tanto o rei.
Pero cedo lembrou     o pai e o irma´na
e non respondeu.     Algún espía podería
oís algo. Ademais, nautralmente,
pronto tivo lugar     en Pidn o tráxico final.

Konstantinos Kavafis


Tradución de Iolanda Vilarchao

segunda-feira, 1 de julho de 2013

República Galega


Poema á I República Galega


          Tenho uma vida um pouco atrapalhada e dispersa
          Mas, ainda que passaram os anos,
          Lembro o dia em que te conheci,
          A minha roupa segue a cheirar ao teu perfume
                                                                           - Ou isso penso
          Vieste da mão dos operários do caminho-de-ferro
          Vestida de branco
          E estiveste comigo escassamente umas horas
          E gozei da profundidade das tuas entranhas
          E da suavidade do teu corpo
          Antes de marchares num sol-pôr laranja.

          Deveci por ti durante anos
          E hoje volves comigo, Amada
          E hoje volves connosco, República.


Este poema, junto com outros, foi lido na Repichoca Literária na Festa da República Galega. Fiquei abraiado pela qualidade de Lydia Botana e da sua banda. O trabalho das associações organizadoras (A. C. Foucelhas de Ordes, A. C. Lucerna de Cerzeda e A. C. A Revoltaina Cultural da Beira de Bergantinhos) foi impressionante. O lugar, a antiga estação dos caminhos-de-ferro de Ordes, n’A Pontagra, à beira do rio Lengüelhe, perfecto.   


Proclamação da I República da Galiza, Ourense, 1931.